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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sábado, 23 de janeiro de 2010

I Would Like To Understand... - Post VIII

Estava explicado, mas não resolvido. Por mais que eu quisesse me segurar para não causar qualquer desconforto para Evanna, eu sabia que não conseguiria ficar quieto por muito tempo. Já estava sendo um sacrifício enorme segurar minhas criticas ideológicas em relação a minha vida profissional... E eu sentia que não poderia omitir mais opiniões, pois nesse caso eu sabia que elas precisavam ser ditas. Eu precisava me expressar, necessitava disso na minha vida. Mas como eu poderia fazer isso? Como eu poderia me meter em algo que não me dizia respeito? Só por que ela havia se aberto comigo numa curta viagem de trem, num momento de desespero, esperando nunca mais ver o estranho para quem ela despejara todas aquelas palavras? E agora aparecera na minha vida como parte dela?

Não, eu não poderia pensar assim, pois ela não era parte dela. Ela era parte da vida de uma pessoa a qual eu não gostava, mas tinha que me submeter até certo ponto, pelo bem de minha vida profissional. Não... seria um erro deixar que a ideia de que ela fazia parte da minha vida agora, se fixasse em minha cabeça. Olhei o fundo do copo, ainda pensando em puxar assunto, em dizer coisas banais, tentar me aproximar. Mas eu tinha certeza de que ela estava cheia de assuntos banais, fúteis, vazios, sem sentido. Assim como eu não suportava nada disso e me sentiria um hipócrita por tentar me aproximar dela dessa forma.

Tomei um gole da minha bebida, pensando mais uma vez no porque de tudo aquilo. Por que a vida dela me importava? Se ela não estava feliz, teria que sair disso. Deixar o sadomasoquismo psicológico de lado e seguir em algo que a fizesse feliz. Será que era tão difícil assim? Provavelmente... Talvez da mesma forma que estava sendo para mim entender o porque que tudo aquilo parecia me importar tanto.

Como na hora do jantar, eu a observava furtivamente, enquanto ela parecia perdida em seus próprios pensamentos, seu mundo, sua dor. E não pude deixar de notar que, sem a menor cerimônia, seu perfeito marido dera as costas para ela, como se Evanna fosse um mero objeto que ele tinha orgulho de mostrar por ai. Como se ela fizesse parte dos planos dele para o futuro. Carreira brilhante, dinheiro, uma esposa bonita e exemplar, uma casa em um bairro afastado da cidade, afastado das pessoas comuns... Ele parecia contribuir de forma impensada, para que eu odiasse ainda mais esses tipos.

Observei-a levantar os olhos brevemente e tentei aproveitar aquele momento para capturá-los, nem que fosse por meros segundos, quando ouvi a voz de Brian dizer o meu nome. Eu ouvia com parte dos meus pensamentos o que eles falavam e o suficiente para dar uma resposta treinada e convincente:- Darei o meu melhor.- Respondi, encarando ambos.

Evanna continuava no mesmo estado, o que me dava uma espécie de desespero. Como ela estava conseguindo viver assim? Eu pensava que jamais conseguiria responder, então me deixei ouvir a conversa dos dois mais uma vez, como se aquilo pudesse me distrair, já que era algo que realmente me dizia respeito.

Careteei para o último gole da bebida, ao ouvir a raiva contida na voz de Matheson, e virei o que restava no copo, pensando em sair dali imediatamente. Mas antes que eu pudesse ao menos começar a me despedir, ele voltou a se dirigir a Evanna, o que me deixou alerta. -Querida, precisamos resolver uns problemas. Adam pode fazer companhia a você, assim vocês se conhecem.- Ele falou, olhando rapidamente para mim e eu assenti. Talvez eu pudesse entende-la mais um pouco, já que a situação me parecia muito clara.

Acompanhei o olhar de Evanna, que seguia Matheson e assim que ele se fechou no escritório, ouvi-a pedindo licença. Eu não a deixaria escapar, mas lhe daria alguns minutos. Olhei-a seguir até uma escada que ficava um pouco escondida e só desviei quando ela sumiu de vista. Olhei o copo vazio e me encaminhei para a mesa de bebidas, servindo-me mais uma vez.

Tomando mais um gole da bebida, segui vagarosamente os passos de Evanna, subindo a escada no mesmo ritmo. Conforme eu subia, e sentia o ar mais puro, uma sensação de alivio se apoderava de mim. Eu estava tão tenso, pensando no fato de tê-la encontrado ali, que não percebera que o ar daquele lugar estava começando a me fazer mal. Parei no ultimo degrau, respirando o ar puro com os olhos fechados e ao abri-los, avistei-a parada, com os braços em torno do corpo, contemplando o céu negro.

Subi o degrau que faltava, parando ao seu lado. - Como você me faz desobedecer uma ordem assim, Evanna?- Falei com um sorriso na voz, percebendo que eu gostava de dizer o nome dela em voz alta. - Se o chefe pediu, eu tenho que lhe fazer companhia!



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