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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sábado, 23 de janeiro de 2010

I Would Like To Understand... - Post XI


De certa forma, eu não conseguia me imaginar sem Max, ou talvez nunca tivesse tentado imaginar. O futuro com ele seria vago e sem brilho, tanto quanto o presente, eu tinha consciência disso, mas e estar sozinha?

Eu lembrava de ver minha mãe morrer aos poucos, minguar diante do abandono do meu pai. Mas eu nunca o tinha culpado, ele estava sempre nos falando sobre as mudanças da vida “Todas nos levam a algum lugar, Evanna.” queria que aprendêssemos a abraçá-las, a ter coragem de enfrentá-las, descartando o que não nos convinha. E eu prometi que faria. Seria forte. Olhando para mim agora, eu me perguntava por que não havia cumprido minha promessa.

Inúmeras vezes havia me colocado no lugar de minha mãe, e todas às vezes eu sempre repetia que faria diferente, se fosse realmente comigo. Que eu não seria tão dependente assim, que teria mais amor pela vida, que ergueria a cabeça e seguiria em frente. Mas nos últimos anos eu não vinha agindo da mesma maneira que ela? A situação era diferente, mas a reação era a mesma. Eu não podia lutar contra os ideais de Max, porque ele era assim, não mudaria. Mas eu podia ter lutado pelos meus, ter abraçado, enfrentado e descartado as mudanças que não me convinham. E eu não o fiz, em vez disso me deixei perder um pouco de vida a cada dia, até estar mergulhada em um mundo que só a mim pertencia.

Ter consciência disso me doía. Eu via o erro tão claro agora, me vi errando incansavelmente e não tentei mudar o que ainda estava por vir, e fui me apegando ao passado, e vivendo dele e me perdendo dentro dele. Eu sabia agora, entendia. Mas eu ainda não sabia o que fazer.

A escuridão a minha frente parecia querer me envolver, me chamava. “Tão fácil seria fechar os olhos e simplesmente deixar que ela me abraçasse.” Controlei o impulso de fechar meus olhos novamente e em vez disso encarei a escuridão, “Tão fácil, e tão fraco.” e através dela eu pude ver aqueles pequenos pontos luminosos, cheios de brilho e força.

Percebi a aproximação de Adam, mas não me virei para olhá-lo. Seu tom de voz agora era crítico, sarcástico. Eu havia pedido demais, ele não poderia esquecer, muito menos acreditar. De certa forma, eu sempre soube, desde a primeira vez que havia encontrado aquele olhar. Me virei lentamente em sua direção deixando que meus olhos o encarassem do mesmo modo que haviam encarado a escuridão.

Eu estava cansada de ter pessoas me impondo suas opiniões. E no final era o que todas acabavam fazendo. Imposições polidas no mundo de Max, convictas no mundo de Fábia e Jeff. E agora, críticas no mundo de Adam.

- Obrigada por tornar as coisas mais fáceis para mim, Adam. – Deixei que minha voz tivesse o mesmo tom da sua enquanto sustentava seu olhar. Eu não era uma criança pequena no meio de um mundo de adultos. Eu também sabia me impor, sabia lidar com eles do mesmo modo que lidavam comigo. A questão é que, na maioria das vezes, eu não via motivo para agir diferente, não via esperança naquela batalha. “Não havia pelo que se impor.”Você não entende, então não tem o direito de julgar.

E parece tão fácil, não? Dar opiniões, soluções. “Enxergamos mais fácil quando vemos de fora” é o que todos dizem, pois sim, enxergam com facilidade, afinal aquela dor não os pertence. Não a vêem, não a sentem e nem a entendem. E justamente por isso, por não saberem o peso dessa dor, é que é fácil. Difícil mesmo, só para quem as carrega.”

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