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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sexta-feira, 16 de julho de 2010

When Words Blind You... - Post III

Eu não estava nada disposto, mas tinha que conseguir tirar Evanna e seus problemas da minha cabeça. Como tantas vezes eu repeti para mim mesmo que não entendia o porque daquilo tudo me preocupar tanto, e essa insistência me dera a resposta, eu teria que fazer a mesma coisa com relação a não pensar mais nela. Mas eu sabia que esse tipo de coisa não desaparecia com um mantra bem ensaiado e repetido muitas e muitas vezes. Eu havia achado os porquês, pois eles estavam lá, apesar de não enxergá-los no começo. E minha obstinação seria um empecilho enorme nessa empreitada. De uma coisa eu tinha certeza: por mais que eu tentasse, eu não conseguiria apagar tudo o que já havia acontecido e seguir em frente com facilidade. Não enquanto eu a visse da mesma maneira, sem uma mínima evolução. Mas isso não estava de acordo com tudo o que eu havia lhe escrito. O que só mostrava que a tarefa seria muito mais árdua. 

Esfreguei os olhos, soltando mais um suspiro frustrado e pensando que tentar me concentrar de novo em outras coisas poderia ajudar. Olhei mais uma vez para a tela do computador, esperando meus olhos se acostumarem de novo com a claridade e abri mais uma janela para escrever uma nova mensagem. Escrevi para Jimmy, contando de minha súbita falta de inspiração e criatividade, e lhe pedindo que me desse mais um pouco de prazo para lhe enviar a resenha. Enviei o e-mail, pensando mais uma vez que eu não poderia deixar me afetar daquela forma. Meu trabalho era tudo o que eu mais gostava na vida – tirando a situação extraordinária de que eu odiava um dos meus empregadores, mas o trabalho em si ainda se encaixava no quadro geral – e eu não poderia me desconcentrar daquela maneira. 

Minimizei a janela do e-mail, abrindo os textos que Jimmy havia me mandando, tencionando lê-los mais uma vez. Eu havia mandando o e-mail, sem esperança de que ela me respondesse, pois não havia me permitido criar expectativas. Eu só conseguia imaginar que ela não gostaria de me envolver ainda mais, por medo de que eu pudesse me intrometer ainda mais. Pensei mais uma vez em Maximilliam Matheson, e como sempre, uma raiva crescente se apossava de mim. Não era justo que ela tivesse que viver com uma pessoa como ele, mas também, se ela não se livrasse por si mesma, ninguém o faria.

Bufei, tentando fazer com que minha imaginação acerca do relacionamento dos dois, e consequentemente minha raiva por ser ele a ter qualquer ligação com ela, se dissipassem. Se eu quisesse tentar esquecer tudo isso, esse não era o melhor caminho. ”E existia melhor caminho nessa história? E se realmente existisse, porque eu não conseguia enxergá-lo? Como eu poderia buscá-lo?” Eu não queria acumular mais dúvidas. Não queria me perder também.

Pendi a cabeça para trás, olhando para o teto por alguns segundos, tentando não pensar em nada. Levantei a cabeça, começando a ler o texto, apenas com parte da minha atenção, por mais que eu soubesse do que se tratava. As palavras apenas passavam por meus olhos, não chegando a ser assimiladas, apesar de reconhecidas por meu cérebro. Eu estava muito mais hipnotizado pelas letras, do que concentrado, mas a sensação de estar fora do ar, pelo menos por alguns segundos, fora por demais reconfortante.

Me deixei ficar dessa maneira até o último parágrafo do texto, sendo acordado pelo alerta de um novo e-mail. Deveria ser a resposta de Jimmy, me passando uma prensa bem-humorada e provavelmente dizendo que eu já fui mais eficiente. Cliquei na janela para maximizá-la, me deparando com o inesperado remente de Evanna. Eu realmente não acreditava no que meus olhos viam e para ter certeza de que aquilo não era minha imaginação, cliquei na mensagem para lê-la.

A cada palavra meu coração se apertava ainda mais, pois era doloroso constatar que ela queria lutar sozinha. Uma vontade de segurá-la pelos ombros e chacolhá-la se apossou de mim mais uma vez, apesar de não estarmos cara a cara. Talvez ela tivesse razão e as coisas só poderiam se resolver dessa forma, mas por mais que eu quisesse dar espaço a ela, eu não me conformava.

Comecei a digitar uma resposta de forma febril, mas parei na metade dela, percebendo que estava me deixando cair no mesmo erro de antes. Ela me fazia perder a cabeça e quebrava todos as pequenas barreiras que eu tentava construir para não interferir mais. E como sempre, a minha mente entrava em conflito entre o certo e o errado, entre o me intrometer ou deixar estar. 

Respirei fundo, deixando que minhas ideias entrassem em ordem. Eu tinha que responder, mas com a mesma sensatez de antes...

”Evanna,

O fato de você me desculpar não tira o peso que ainda permanece em mim, por acreditar que eu poderia ter agido de forma diferente. Poderia ter me aproximado de você de uma outra maneira, mesmo que você afirme – e não tiro a sua razão aqui – que deva continuar e descobrir sozinha, a hora e a forma de mudar tudo isso. Eu havia imaginado que não era a primeira pessoa a tentar lhe alertar para uma vida mais feliz, mas eu juro que gostaria de ser a que te faria realmente despertar... E isso me frustra! Como me frustra...

Seus olhos também me mostram que há algo a ser despertado, e foi isso que me impeliu tanto a tentar, além daquele pedido mudo por ajuda que eu sempre mencionarei. Eu posso tentar lhe prometer várias coisas, tudo o que você me pedir, Evanna. Mas não me peça para entender. Eu ficarei ainda mais perturbado e inquieto, se tiver que entender as coisas da maneira como elas estão.

É claro que você não tem que se preocupar comigo, ninguém tem o direito de jogar mais um peso sobre suas costas por não se conformar com a sua situação. Já é um fardo bastante pesado para você. E como você mesma me disse, ninguém entende de fato o porque de tudo isso a não ser você. Eu só lhe peço uma única coisa – apesar de não ter direito nem a isso: que um dia você me faça entender o porque de tudo isso, quando você encontrar as respostas. Para que eu também possa tirar esse peso da minha alma, por não ter conseguido responder a súplica que vi em seus olhos e que estará sempre gravada em minha mente.

Adam.”



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