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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sábado, 23 de janeiro de 2010

I Would Like To Understand... - Post XIII


Eu poderia me perder dentro daqueles olhos, dentro de todo aquele brilho de emoções que havia ali. Eles me envolviam, me chamavam, mas diferente da escuridão que me cercava, eles pareciam me iluminar, como se fossem faróis, mostrando o caminho que eu deveria seguir. Dentro daqueles olhos não haviam atalhos a serem tomados, caminhos incertos ou encruzilhadas. Tudo parecia tão claro e calmo, e por alguns instantes eu quase pude ver todas as respostas ali. Como se, de alguma maneira, naqueles olhos tivesse tudo o que eu precisava, tudo pelo qual tanto eu procurara.

Eu não queria lembrar, queria deixar o passado para trás, mas memórias de meus olhos brilhantes assim teimaram em surgir. Tudo era tão diferente e tão simples, mas me parecia tão distante, como se aquela Evanna já não existisse mais. “Mas existe. Assim como as estrelas ofuscadas por todas essas nuvens escuras, assim como elas, aquele brilho nos meus olhos ainda existe. Está aqui, em algum lugar. Eu só preciso ver, ver com os meus próprios olhos e não com os de outra, preciso soprar todas as nuvens e simplesmente me deixar brilhar. E parece tão fácil. Eu queria acreditar que fosse assim, queria poder ver as nuvens pelos olhos dos outros e sopra-las para longe, assim como me dizem. Tão fácil. Mas eu não consigo, não sem enxergar o brilho delas primeiro.”

Sustentei o olhar de Adam até que ele desviou, respirando fundo e encarando o fundo do seu copo. “Incrível como procuramos respostas no fundo de algo. Queremos ser sempre ver além, tentamos tanto e nem sempre conseguimos. Copos vazios, escuridão, olhos de alguém. Estou tão cansada, cansada de tentar, tentar ver e não conseguir. Cansada de ter outras pessoas vendo por mim. Não quero que vejam, quero eu mesma ver. Não quero respostas prontas, quero encontrá-las.”

“Quero que acreditem, é só o que quero: que acreditem que eu quero ver, que eu tento e que assim me deixem e não ofusquem meu direito de fazer isso sozinha.” Voltei a olhar para Adam quando ele quebrou o silêncio e voltou a sustentar meu olhar. Balancei a cabeça e fechei meus olhos, voltando a me virar para a escuridão que havia a minha frente. Ainda com os olhos fechados eu escutava ele usar minhas próprias palavras contra mim, e achei isso irônico.

De certa forma, este é o mundo dos adultos. Talvez eles todos me vêem como uma criança desamparada, que não consegue cruzar uma ponte por ter medo. Mas o que há no outro lado? Como posso acreditar no que há se as mesmas pessoas que me contam são as que me julgam por não tentar? Como podem ter tanta certeza de que eu deva cruzá-la, se talvez tudo o que eu procuro possa estar nesse lado? Mesmo que eu ainda não tenha encontrado, como podem saber que não encontrarei nunca?”

Abri os olhos e esbocei um pequeno sorriso, irônico. – Desculpe desapontá-lo, Adam. Mas a vaga de terapeuta já está preenchida. – Me virei para ele, sabendo que de nada valeria toda aquela conversa, mas como ele mesmo havia dito “eu o havia envolvido nisso” e eu poderia ver que ele não iria desistir, ainda que ele não soubesse me dizer por que isso importava tanto. Eram só palavras em um trem, palavras que me perseguiam, mas eu não entendia o porque delas importarem para alguém mais além de mim. – Você não pode saber se Max também não está tentando. Você também não tem todas as respostas.

Soltei vagarosamente o ar dos meus pulmões, desejando estar em casa. Poder ligar para Fábia e ficar horas no telefone, ou ir passar algumas horas conversando com Jeff sobre qualquer outra coisa que não fosse... eu. “Por que insistem tanto em saber mais de mim do que eu mesma? Será mesmo que sou tão fácil de ler assim? Não. Eles só vêem o que está por fora, não têm como saber.”

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