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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sábado, 23 de janeiro de 2010

I Would Like To Understand... - Post XIV

Eu tinha certeza que ela não me diria qual era o sentido de todo aquele sofrimento. Será que ela realmente amava Maximilliam Matheson a ponto de sofrer tanto por isso e se perder completamente na procura dela mesma e desse amor? Ela me parecia uma pessoa que se arriscaria por isso, que se prendia a lembranças do passado, desejosa de que bons tempos pudessem voltar. Mas o mais difícil para mim era imaginar que ele já havia feito Evanna feliz algum dia. O que também me levava a crer que talvez ela não estaria com ele caso isso não tivesse acontecido, pelo menos no começo.

Mas acabei me pegando querendo acreditar que ela casara com ele apenas por convenção, desde o começo e que depois não aguentara viver dessa forma, mesmo pensando que com o tempo poderia mudá-lo. Era estranho demais para mim que eu quisesse algo desse tipo, pois por mais que eu ainda não soubesse o que me impelia tanto a continuar com aquilo, o minimo que eu poderia deduzir das minhas ações era que eu queria ajudá-la. E pensar - na verdade desejar -, que ela estivesse fantasiando um amor que nunca existiu, me parecia egoísta e precipitado demais.

Continuei a olhá-la, mesmo quando ela se virou para frente mais uma vez, fechando os olhos. Talvez eu estivesse a machucá-la com as minhas palavras, mas eu não poderia deixar de pensar que aquele chacoalhão em suas convicções, em seu mundo estático pudesse ajudá-la. Mesmo que aquilo machucasse mais um pouco.

Minha mente ainda corria de forma rápida, num emaranhado de suposições e sensações, quando a vi abrir os olhos e um sorriso irônico estampar a sua face. Não pude deixar de pensar mais uma vez que eu estava gostando de fazê-la me mostrar que ela tinha outras reações, que ela podia ser provocada e que ela responderia a isso. Mesmo que fosse apenas para proteger seus próprios problemas.

– Desculpe desapontá-lo, Adam. Mas a vaga de terapeuta já está preenchida. – Refreei um pequeno sorriso que queria se estampar em minha face. Por mais que o assunto fosse extremamente sério, não posso negar que mexeu comigo ver uma Evanna diferente da pessoa deprimida que eu vira até agora. – Você não pode saber se Max também não está tentando. Você também não tem todas as respostas. - Desviei meu olhar, de forma impaciente, sem poder evitar que mais um riso seco escapasse dos meus lábios. Um som de descrença. Pura descrença...

Ela queria me fazer acreditar que seu marido estava tentando? Já era completamente difícil para mim imaginar que um dia ele pudesse ter conquistado uma mulher sem interesses materiais ou convencionais. Agora tentar me fazer acreditar que estava nos seus planos salvar um casamento, fazer com que ele desse certo para os dois... Era praticamente impossível! Não me era nada difícil imaginar que ele tratava o relacionamento dos dois, assim como ele tratava o planejamento de sua empresa. Não... Ela poderia dizer qualquer coisa, menos que ele estava tentando deixá-la feliz...

Senti as criticas mais nocivas subirem a minha boca como fel e tive que respirar fundo para não deixá-las escapar dos meus lábios.

- Eu não quero tomar o lugar do seu terapeuta Evanna. Só acho que com um marido como o seu, não vai adiantar você trocar de terapeuta ou vê-lo com mais frequência...- Virei o restante da bebida de uma vez, me sentindo muito mais perturbado do que antes, mas sem olhá-la. Eu queria despertar reações diferentes nela, mas percebi que não queria ouvi-la defendendo-o. Era mais um ponto obscuro em toda aquela história. ”Por quê? O que eu tenho a ver com isso?” Mas não adiantava mais. A única desculpa que eu poderia dar, e a mais esfarrapada, era que eu estava descontando nela o que eu não poderia dizer a ele, o quanto eu o achava desprezível. Mas no fundo eu sabia que não era nada disso. -E não, eu não tenho todas as respostas. Ninguém tem. Mas você não precisa de muitas para conseguir resolver tudo isso. Agora, você pode me dizer qualquer coisa, Evanna. Menos que ele está tentando...- Voltei a olhar para ela e eu podia sentir que meus olhos estavam queimando de uma indignação sem tamanho. -Nisso eu não posso e nem consigo acreditar...



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