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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sábado, 23 de janeiro de 2010

I Would Like To Understand... - Post XV


Eu pude ver no brilho daqueles olhos um flash de raiva. Como se minhas últimas palavras fossem tão ofensivas que ele não podia digeri-las tão facilmente. Claro que Max não estava tentando, na verdade eu acredito que ele não via nada de errado. Por que tentaria, então?

É fácil pensar como Max. Ele tem tudo o que sempre quis, se tornou uma daquelas pessoas que invejava. Tudo bem para ele não ter tempo para outras coisas além dos seus negócios, por que assim ele está no controle. E Max simplesmente não conseguiria perder o controle de algo. Ele precisa disso, tanto quanto eu preciso das emoções e dos riscos. Seria cômico, se não fosse desastroso. Como podemos ser tão cegos? Nos apaixonamos e vivíamos num mundo só nosso e feliz, que parecia que nada iria mudar isso, que seria para sempre assim. Mas éramos tão diferentes já naquela época, e não nos damos conta.

Pensávamos que um conseguiria mudar o outro, que se ambos cedêssemos um pouco, poderia funcionar. Funcionou, mas Max não cedeu. Então, o que me restou?” Eu continuava a olhar para Adam, e suas palavras sobre a freqüência ao terapeuta me fez revirar os olhos. Podia perceber com aquele simples gesto de Adam, que ele não conseguia suportar a idéia de Max tentando, como se tal hipótese fosse absurda.

Eu não posso negar isso. A idéia de Max tentando salvar um relacionamento é mesmo absurda, porque não é o que ele é. Max não salva nada, ele controla.” Minha própria afirmação me fez deixar de olhá-lo e encarar o céu que havia acima de nós. As palavras que ele havia dito antes, sobre o casamento ser duas pessoas que se unem em uma só me vieram à mente, mas eu não queria acreditar que se Max realmente percebesse ele não tentaria. “Talvez seja onde eu estou errando. Eu não sei se ele tentaria. Eu não sei, mas eu quero acreditar que sim. Porque se eu não acreditar nisso, de que valeria todo o resto?”

Voltei a olhar para Adam, e seu olhar de cólera em vez de me fazer se encolher, pareceu me despertar. Eu não sabia se Max um dia tentaria, mas eu tinha o direito de tentar descobrir. E ainda que doesse mais, a dor era minha. E por ser minha, só eu tinha o direito de julgar o que era certo e o que era errado. Eu poderia viver de tal forma o tempo que eu suportasse, e ninguém poderia me obrigar a fazer diferente. A escolha era totalmente minha, e eu gostava que fosse assim.

- Eu não quero discutir isso com você – Foi uma das minhas primeiras imposições desde muito tempo, e eu me sentia bem dizendo aquelas palavras. Pensei ter visto um flash de surpresa nos olhos de Adam, mas em nenhum momento mudei de posição – Estou farta de pessoas dizendo o que é mais fácil e melhor para mim. Você não é diferente, você também não me conhece, mas acha que por ter escutado alguns palavras de desabafo, tem o direito de me dizer o que fazer. Mas você não tem esse direito, eu não te dou esse direito. A vida é minha, os problemas são meus, e sou eu que devo lidar com eles. Você não tem nada a ver com isso.

O ar foi saindo lentamente dos meus pulmões enquanto eu me encaminhava para a saída do terraço. Eu podia me sentir tremer por dentro, mas era um tremor diferente, uma agitação. Como se tudo estivesse tão óbvio que eu só precisava esticar os braços para alcançar o que tanto procurava. Eu não conseguia ver o que era, mas eu sabia que estava ali, e esse era o começo de tudo. Desci as escadas cuidadosamente chegando novamente até a sala de estar. Percorri com os olhos todo o lugar, percebendo que mesmo estando cheio de pessoas, parecia vazio. “Tão dolorosamente vazio que agora mais do que nunca eu não pareço me encaixar.”

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