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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



sábado, 23 de janeiro de 2010

I Would Like To Understand... - Post I


Meu novo emprego estava correndo conforme eu havia imaginado. Meu “chefe” era exatamente o tipo de pessoa que eu pensei que seria e a qual eu não me associaria em situações mais favoráveis. Não que eu estivesse precisando desesperadamente de um emprego, mas ao mesmo tempo em que Marco me fizera um favor, eu fiz um a ele. E posso dizer que a única coisa que vem me segurando é o trabalho em si, por ser algo que eu realmente amo fazer. Mas isso não mascarava o fato de que estava sendo, pelo menos em parte, um porre. E eu estava fazendo um esforço sobre-humano para segurar minhas criticas e passar despercebido perante a Maximilliam Matheson e Brian Taylor. E não estava sendo fácil, pois eles estavam muito satisfeitos com o meu trabalho, o que fazia com que os dois me visse como um potencial “amigo”.

E como se não bastasse todo o meu esforço, os dois acharam por bem me convidar para um jantar na casa de Taylor. Aquilo era o que eles chamavam de... Aproximação e melhor conhecimento da equipe. Sempre que eu ouvia isso, revirava os olhos mentalmente, enquanto pensava no quanto os dois eram oportunistas e extremamente capitalistas. Aproximação e melhor conhecimento da equipe... Sei... Eu queria ver só se eu desse um pequeno deslize. Seria descartado na hora, com toda a certeza!

Eu não havia cogitado ir a esse jantar nenhuma vez sequer e quando um dos dois vinha me perguntar se eu iria, me esquivava com o máximo de discrição. Estava mais absorvido em um projeto pessoal e utilizaria essa noite para coisas mais úteis. E assim o fiz. Aliás, assim pensei que seria, pois em pouco tempo estava entediado até mesmo com o meu trabalho e a cena do trem não parava de vir a minha cabeça, como vinha acontecendo nas últimas semanas, sempre que eu parava de trabalhar. Eu realmente não sabia e nem queria que isso continuasse a acontecer, já que eu mal a conhecia e provavelmente nunca mais a veria na vida.

Se bem que, Volterra era uma cidade pequena e a não ser que Evanna – dentre tantas coisas que ela havia falado, eu não deixara de gravar o seu nome - não estivesse na cidade a passeio, não seria tão difícil encontrá-la. E mesmo que eu a encontrasse, o que eu poderia fazer? Não, ela apenas me impressionara momentaneamente e dentro em breve ela estaria bem com o seu marido, como tantas outras mulheres fazem. Sempre pelo bem da tradição.

Mas o que eu não entendia era o porque tudo isso continuava a bagunçar os meus pensamentos, mesmo após eu me convencer de que não adiantaria nada encontrá-la mais uma vez. Sim, era simplesmente porque essa sensação de convencimento que se dava após cada constatação era completamente falsa. Como tudo o que vinha acontecendo na minha vida naquele momento.

Respirei fundo, impacientemente, enquanto consultava o relógio em meu pulso. Já passavam das 20h, o que queria dizer que o jantar de Matheson e Taylor já havia começado. Soltei um grunhido baixo por sequer cogitar comparecer a esse jantar, mas eu não via outra alternativa para esquecer meus dilemas atuais, a não ser indo até lá. Eu tinha certeza que seria terrivelmente entediante, mas a perspectiva de chegar atrasado a um jantar onde o metódico Maximilliam Matheson estava, já me deu um animo a mais.

Tomei um banho, me arrumei e chamei um táxi para me levar até a casa de Taylor. Eu poderia muito bem ir andando, mas chegar na hora da sobremesa não me daria a mínima diversão esperada. Ao chegar ao local, balancei a cabeça mirando a imponente casa de Taylor e respirei fundo, pensando em como a vida era irônica. Toquei a campainha, sendo atendido por uma empregada muito alinhada. Cumprimentei-a e ela me respondeu, lançando-me um olhar completamente desaprovador como se dissesse que não era nada certo chegar no meio de um jantar.

A segui até a sala de jantar, onde havia música baixa tocando e vozes altas. Dois garçons andavam em volta da mesa, servindo bebidas, enquanto outros dois serviam o que parecia ser a entrada. Estava me arrependendo instantaneamente de não ter vindo a pé, quando Matheson e Taylor me viram. Pude ver um lampejo de desaprovação passar pelos olhos de Matheson assim que ele me avistou, mas as boas-vindas calorosas de Taylor seguraram qualquer comentário que ele pudesse fazer.

- Adam, que bom vê-lo por aqui!- Taylor falou, se levantando e vindo em minha direção, para me cumprimentar. - Achávamos que você não viria. - Ele completou se virando para Matheson e depois para mim.

-Tive que resolver alguns problemas de última hora...- Respondi de forma séria.

-Bom, se você conseguiu resolver, está tudo certo! - Ele continuou, animadamente, se virando para os presentes. -Esse é Adam Young, o brilhante tradutor de quem tanto estamos falando. - Taylor me apresentou genericamente a todos. Olhei ao redor da mesa, recebendo o cumprimento de todos, respondendo-os com um meneio de cabeça, quando a vi entre duas mulheres espalhafatosas, parecendo mais deslocada do que no dia em que eu a vira no trem. Tentei disfarçar ao máximo o meu reconhecimento, cumprimentando-a da mesma forma que aos outros e segui Taylor até o lugar em que ele me oferecia a mesa, tentando imaginar qual deles ali seria o seu marido.

Me sentei, sendo tirado do meu devaneio, quando os dois voltaram a conversar, me envolvendo no assunto. Um garçom me serviu uma taça de vinho, enquanto outro servia um dos pratos a minha frente. Tomei um gole do vinho lentamente, olhando-a de relance, mas deixando-me absorver mais na conversa. Não obstante uma parte ínfima da minha mente ainda estava tentando descobrir quem seria o marido que a fazia tão infeliz. Não demoraria muito, eu descobriria...




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