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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Same Mistake - Post II



Volterra pode te ajudar. Novos ares, Evie. Vai te fazer bem.” Você disse Jeff, você disse, mas eu não quis acreditar. Tive tanto receio dessa mudança, receio de me afastar do único lugar que eu ainda considerava um lar, que eu não quis ver. Mas é tão estranho, foi como se tivessem tirado uma venda dos meus olhos e agora tudo está tão claro... e tão... monótono. Eu não consigo mais. Não consigo mais viver assim, tudo parece me sufocar. Essa casa, Max, seus amigos. Pela primeira vez em muito tempo eu quase consigo me ver sozinha. Mas é o quase que me impede, a incerteza do futuro, a insegurança.”

“Eu queria ter forças para simplesmente ir. Me deixar ir. Mas eu não consigo, não consigo me jogar em algo que eu não faço a mínima idéia de como poderá ser. Queria ter a coragem, a força que tantos pedem para mim ter. Talvez eu seja mesmo fraca, mas essa inquietação em mim não me deixa sucumbir a fraqueza. É algo urgente, feroz. Como se houvesse algo para ser feito, descoberto, reconhecido. Como se as respostas estivessem tão perto, que involuntariamente, eu já estou agitada antes de vê-las.”

“E essa agitação me faz querer, quero tanto que, ainda que sutilmente, me imponho.” Fechei os olhos lembrando dos olhos desapontados de Max dias atrás, mas aquilo não parecia me magoar, muito menos me deixar fraquejar. Eu não podia compará-los com o olhar de cólera de Adam, porque ali havia brilho, vivacidade, uma fonte repleta de emoções. Nos de Max havia apenas nebulosidade, faltava vida. Mas ainda assim, ambos os olhares me impulsionaram, fizeram com que eu quisesse mais. E eu quis.

E, quase imperceptivelmente, eu ganhei uma batalha. Não de Max, porque, eu soube, não havia esperança em uma batalha ali, não havia motivo. Ganhei uma batalha de mim mesma, da fraqueza, da mesmice, do quase.”

Parece pouco, mas enquanto eu me preparava para sair e revivia a conversa que tivera com Max sobre esse curso que eu havia decidido fazer, eu entendi que um novo começo havia me sido dado. Eu não via onde ele me levaria, ou se mesmo ele me levaria a algum lugar, mas eu queria acreditar que sim. “E você mesmo já me disse, Jeff: Acreditar é o primeiro passo.” Maximilliam havia concordado prontamente com o curso, gostava do fato de eu me manter ocupada, mas preferia que fosse com um professor particular. Seu tom não foi usado como alguém que estivesse apenas dando uma opinião, pelo contrário, ele preferia que fosse assim, e isso era uma ordem.

Um pequeno sorriso se formou em meu rosto quando senti o mesmo turbilhão de emoções que sentira quando vira a surpresa nos olhos de Adam, que agora eu via nos de Max. “Desculpe, Max. Mas eu prefiro ir até a Universidade. E assim será.” Fora uma pequena batalha, mas eu sentia como se tivesse lutado em uma guerra. Podia sentir o prazer da vitória, o frio na barriga, aquele êxtase de ter conquistado algo.

Respirei fundo, contemplando minha imagem no espelho, meus olhos. Havia ali uma ânsia de viver tão forte, que me fez sorrir. Conferi mais uma vez tudo que eu precisava, pegando minhas coisas e me dirigindo para a porta de saída. Uma careta se formou em meu rosto ao perceber que ou eu chegaria em cima da hora, ou chegaria atrasada. “Olhe pelo lado positivo, Evanna: Pelo menos você não chegará exatamente quinze minutos antes, conforme manda a etiqueta. Tsk, Margareth não aprovaria...”

Foi ainda rindo disso que eu cheguei à Universidade, em cima da hora. Eu havia planejado, dias antes, de chegar mais cedo para poder pegar a matriz curricular e, pelo menos, me informar sobre o professor. Mas agora não dava mais tempo, eu não tinha o controle e isso também me agradava.

Eu já podia ver a porta da sala, que “graças a Deus” estava aberta, “Bater na porta seria demais para mim, eu devo ser realista.” e caminhei mais rápido naquela direção. Parando, estática, quando o vejo dizer “Meu nome é Adam Young. Estarei a frente do Curso de Literatura e Cultura Inglesa durante nossa dez aulas.

Mas que... ótimo!” Fechei meus olhos, involuntariamente, levando a mão a testa tentando me concentrar “Não é como se eu o... detestasse. Mas dez aulas? Dez aulas vendo aqueles olhos me encararem, me perdendo dentro daquele brilho de quem tem todas as respostas? Eu... não posso.”

Dei um passo para trás, tentando não ser notada “Vencer uma batalha de Max ou de mim mesma se torna terrivelmente fácil se comparada com uma batalha contra aqueles olhos.” Me virei vagarosamente, ainda que minha vontade fosse de fugir ali o mais rápido o possível. “Talvez seja uma batalha perdida, no final das contas. Talvez eu realmente seja fraca, ou ainda...” A voz de Adam me despertou, me fazendo virar em sua direção. Eu podia sentir o rosto queimar por ter sido pega no flagra, mas encarei seu olhar e assenti. Entrando de cabeça erguida na sala de aula.


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