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as garotas


O que elas tem em comum? Poderia dizer que são de sagitário, mas é um pecado associar a palavra comum ao signo de sagitário, mesmo que seja para comparar coincidências. Inconstantes, independentes, autênticas, otimistas, divertidas, palhaças, difíceis de segurar. - Depende quem segura *cof* - São FOGO!

Juh

Faz História, é EXTREMAMENTE exagerada, fala muito alto, ri mais alto ainda, adora a língua espanhola [assim como as espécimes do sexo masculino que falam essa língua]. Acredita ter sonhos premonitórios [apenas os convenientes] e ama escrever.

Carollis

Faz Design Gráfico, apaixonada por fotografia, gatos [não só os animais - *cof* - Gosto compartilhado pela Juh também] ama ser taxada como inconstante, não consegue controlar seus comentários sarcásticos, além de ver 'duplo sentido' em tudo!


diversos




MEMORIES



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Same Mistake - Post VII


Eu pude perceber que enquanto eu falava, Evanna começara a se aborrecer de novo, parecendo magoada que a conversa pudesse ter chegado aquele ponto mais uma vez. E uma sensação de impotência, de mostrar que na verdade minha intenção não era magoá-la, começou a tomar conta de mim. Eu ficara feliz com a sua provocação e entrara no jogo, mas eu sabia que não tivera tato o suficiente para pensar que por mais que estivesse tentando, ela ainda não estava preparada para receber mais e mais críticas, mais investidas contra o seu modo de vida atual. Ela precisava de tempo para se acostumar a ser livre e isso também era difícil. 


Respirei fundo, porém baixo, ao ouvir a sua resposta e o seu dar de ombros em seguida, como quem diz que não quer mais tomar parte naquela discussão. Eu não queria continuar a magoá-la, mas eu teria que responder e eu esperava que mesmo que eu já a tivesse machucado, que aquilo pudesse ajudá-la. Me virei para a sala, pretendendo não dirigir mais as palavras a ela, apesar de saber que isso não seria mais possível.


-Não... não é nada fácil, muito menos simples. Mas eles tentaram e se não fosse a sua persistência e a sua vontade de revolucionar o mundo, muitas das grande obras que estudamos hoje, não existiriam...- Voltei para o meio da sala, parando de frente para a turma mais uma vez.- Foi isso que eu quis dizer aqui desde o começo e repito mais uma vez, que o que vale é tentar. Que não se pode sucumbir as dificuldades que se colocam no nosso caminho. Sempre haverão obstáculos, sempre haverá a opinião alheia, que por muitas vezes será nociva, destrutiva...- Terminei meu raciocínio acerca desse tópico, deixando que os alunos entrassem na questão novamente.


Eu já não sabia mais se ela estava participando da aula como antes. Arrisquei olhar algumas vezes para ela, para perceber com muita tristeza, que Evanna já não estava com aquele ar mais leve de quando ela entrara na sala. Enquanto eu continuava o debate com a sala, me censurava internamente por ter me deixado levar naquela conversa e talvez ter sido o responsável por estragar o seu dia.

Não era isso o que eu queria. Eu não poderia ser mais um que trouxesse a infelicidade para a sua vida por não compreender o que ela precisava realmente. Como eu mesmo havia me dito muitas vezes, meu senso crítico era por demais aflorado e talvez a única ferramenta de que eu dispunha para fazê-la se enxergar, tentar se achar. Eu sabia que não era a melhor maneira e ainda tinha a certeza de que talvez não conseguisse mais oportunidades de tentar, ainda que isso pudesse me matar por dentro.

Mas o que eu poderia fazer? Eu conseguiria passar mais noites e noites acordado, tentando encontrar as respostas? Eu deveria usar aquela proximidade que o curso me daria, para arriscar uma outra tentativa? Eu não sabia, como tantas outras coisas ainda me eram obscuras e não conseguiria raciocinar direito, não ali, com a maior parte da mente na aula.

Deixei que alguns alunos discutissem mais um pouco entre eles, apenas observando, enquanto tentava m concentrar apenas na sala de aula. Interrompi mais uma vez, defendendo alguns pontos de vista e esclarecendo algumas questões, olhando no relógio e constatando que faltavam cinco minutos para acabar a aula.


- Bom, nós ainda teremos boas oportunidades de discussão. - Falei, com um leve sorriso nos lábios, ainda que estivesse mentalmente cansado pela luta que se travava em meus pensamentos. Me encaminhei para a mesa, pegando a caneta e andando até o quadro. -Esse é o meu e-mail. Peço a todos que me mandem uma mensagem com o nome completo, para que eu possa ter o e-mail de vocês. Estarei enviado alguns materiais para leitura e qualquer dúvida, vocês podem me contactar. Peço ainda que leiam o livro para a próxima aula, que assim a discussão ficará bem mais fácil. Até a próxima aula.- Arrisquei mais um olhar para Evanna e me sentei na cadeira pela primeira vez aquele dia, passando as mãos no rosto, como um gesto de cansaço, enquanto todos saiam.




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